segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Cargas evitam prejuízo maior a aéreas nacionais

Em 2007, atividade faturou 26,8% mais que no ano anterior.

Como um todo, setor aéreo brasileiro teve resultado ruim.


Apesar do mau resultado do setor aéreo brasileiro como um todo em 2007, o segmento de carga, especialmente o internacional, demonstrou forte expansão ante 2006. O aumento no movimento de importações no ano passado tem sustentado a expansão nessa atividade que, apenas no ano passado faturou 26,8% mais que no ano anterior, segundo dados do anuário estatístico da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

A influência do dólar baixo em relação ao real foi o fator predominante para o resultado do segmento de cargas, uma vez que, na parte doméstica, houve retração nos negócios. A receita no transporte de cargas nacionais recuou 5,15% entre 2006 e 2007, para R$ 767 milhões.

Essa retração foi mais que compensada, porém, pelo resultado das operações de carga internacional, cuja receita aumentou 72% no período. O ganho total das empresas aéreas de carga com a atividade internacional pulou de R$ 572,8 milhões em 2006 para R$ 985,4 milhões no ano passado.

Resultado promissor

O resultado foi tão promissor que, desde o final do ano passado, apesar do aumento no custo dos combustíveis, empresas aéreas e mesmo governo, através da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), têm investido na ampliação de suas operações de carga.

Do lado das companhias aéreas, a TAM inaugurou um novo terminal de cargas no aeroporto de Manaus enquanto a ABSA, maior operadora nacional dedicada a cargas aéreas, sinaliza a compra de novos aviões. Do lado da Infraero, novos investimentos têm sido feitos nos principais aeroportos de carga da rede, como o próprio terminal de Manaus, além de Viracopos (Campinas), Galeão (Rio de Janeiro), entre outros.

A expansão na receita de cargas evitou que o prejuízo da indústria aérea fosse maior no ano passado, indicam os números da Anac. Isso porque, embora esse segmento tenha registrado expansão de 26,8%, houve queda de 4,7% na receita com passageiros e de 29,7% nos ganhos com fretamentos. No caso desses últimos, a retração é reflexo direto do fim das operações da BRA e da suspensão de alguns vôos deste tipo pela OceanAir.

Fonte: Valor OnLine

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