A Polícia Civil convocou seis pessoas para depor hoje na Delegacia de Caçu (a 330 quilômetros de Goiânia) sobre o caso de sabotagem do avião bimotor Neiva EMB-810D Seneca III, prefixo PT-RQT, da Sete Táxi Aéreo que transportava o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM). Todos são moradores ou estavam próximos ao aeroporto onde ocorreu a ação criminosa na última segunda-feira (21). Suspeita continua sendo recado de políticos adversários que estariam insatisfeitos com a atuação do parlamentar na região.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Pereira, as testemunhas não podem ser identificadas para evitar qualquer tipo de retaliação ou ameaças. “A probabilidade delas terem visto algo é grande”.
Apesar de não querer confirmar, catador de lixo que estava no aterro sanitário ao lado do aeroporto pode identificar um suspeito que se aproximou da aeronave enquanto ela estava sozinha. Caiado tinha aterrissado na cidade porque iria participar de evento político em Itarumã, cidade vizinha a Caçu, que não possui pista de pouso.
A Polícia Técnico-Científica de Jataí foi deslocada ontem para Caçu, onde realizou perícia no bimotor, que é de propriedade da Sete Linhas Aéreas.
O delegado diz que espera para amanhã posição sobre quando o resultado será divulgado. Depois, a empresa mandou caminhão, desmontou a aeronave e a levou de volta ao seu hangar em Goiânia. O Diário da Manhã conseguiu flagrar o momento em que mecânicos trabalhavam na recuperação do avião.
Rodrigo Pereira disse que a Sete vai passar relatório sobre as condições da aeronave. Representantes da empresa ligaram para Caiado e evitaram comentar sobre a ação. Afirmaram que pode ser apenas um desgaste de uma peça, o que contradiz a polícia, que atestou sinais claros de alterações criminosas nas asas, no tanque de combustível e no trem de pouso. “Foi crime e precisa ser esclarecido”, opinou Caiado.
O próprio delegado disse na edição de ontem do DM que “havia sim danos em pontos estratégicos do avião, capazes de derrubá-lo.” “Há óleo na porta dos passageiros e visíveis alterações no painel de controle, que denunciavam o ataque e impediriam o vôo logo que os pilotos fizessem o teste de rotina. Até agora, parece um aviso, algo de alguém que queria intimidá-lo”, apostou Rodrigo.
Crianças
Em função da gravidade dos danos, delegado não trabalha com a possibilidade de crianças ou catadores de papel terem feito danos. “Há alterações nas valetas do trem de pouso e nos reservatórios. Se fossem crianças, é de se imaginar que não seriam danos tão profundos e específicos. Até agora, tudo indica que foram feitos por alguém que compreende de aviação ou tenha recebido instruções para isto”. Na hora do incidente, nenhuma outra aeronave estava na pista.
O aeroporto não possui cercas ou guarita de segurança. Procurada pela reportagem, a Sete evitou comentar o assunto. Os dois pilotos que acompanhavam o deputado não quiseram falar. No momento em que a reportagem do DM chegou ao hangar onde a aeronave era recuperada, mecânicos pediram para não serem identificados.
O secretário de Segurança Pública, Ernesto Roller, garantiu ao deputado que todas as providências estão sendo tomadas pela polícia e que o fato será esclarecido.
Fonte: Diário da Manhã (GO) - Dados da aeronave corrigidos pelo leitor Victor Salerno em 25/09/08
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodrigo Pereira, as testemunhas não podem ser identificadas para evitar qualquer tipo de retaliação ou ameaças. “A probabilidade delas terem visto algo é grande”.
Apesar de não querer confirmar, catador de lixo que estava no aterro sanitário ao lado do aeroporto pode identificar um suspeito que se aproximou da aeronave enquanto ela estava sozinha. Caiado tinha aterrissado na cidade porque iria participar de evento político em Itarumã, cidade vizinha a Caçu, que não possui pista de pouso.
A Polícia Técnico-Científica de Jataí foi deslocada ontem para Caçu, onde realizou perícia no bimotor, que é de propriedade da Sete Linhas Aéreas.
O delegado diz que espera para amanhã posição sobre quando o resultado será divulgado. Depois, a empresa mandou caminhão, desmontou a aeronave e a levou de volta ao seu hangar em Goiânia. O Diário da Manhã conseguiu flagrar o momento em que mecânicos trabalhavam na recuperação do avião.
Rodrigo Pereira disse que a Sete vai passar relatório sobre as condições da aeronave. Representantes da empresa ligaram para Caiado e evitaram comentar sobre a ação. Afirmaram que pode ser apenas um desgaste de uma peça, o que contradiz a polícia, que atestou sinais claros de alterações criminosas nas asas, no tanque de combustível e no trem de pouso. “Foi crime e precisa ser esclarecido”, opinou Caiado.
O próprio delegado disse na edição de ontem do DM que “havia sim danos em pontos estratégicos do avião, capazes de derrubá-lo.” “Há óleo na porta dos passageiros e visíveis alterações no painel de controle, que denunciavam o ataque e impediriam o vôo logo que os pilotos fizessem o teste de rotina. Até agora, parece um aviso, algo de alguém que queria intimidá-lo”, apostou Rodrigo.
Crianças
Em função da gravidade dos danos, delegado não trabalha com a possibilidade de crianças ou catadores de papel terem feito danos. “Há alterações nas valetas do trem de pouso e nos reservatórios. Se fossem crianças, é de se imaginar que não seriam danos tão profundos e específicos. Até agora, tudo indica que foram feitos por alguém que compreende de aviação ou tenha recebido instruções para isto”. Na hora do incidente, nenhuma outra aeronave estava na pista.
O aeroporto não possui cercas ou guarita de segurança. Procurada pela reportagem, a Sete evitou comentar o assunto. Os dois pilotos que acompanhavam o deputado não quiseram falar. No momento em que a reportagem do DM chegou ao hangar onde a aeronave era recuperada, mecânicos pediram para não serem identificados.
O secretário de Segurança Pública, Ernesto Roller, garantiu ao deputado que todas as providências estão sendo tomadas pela polícia e que o fato será esclarecido.
Fonte: Diário da Manhã (GO) - Dados da aeronave corrigidos pelo leitor Victor Salerno em 25/09/08
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