sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Aeronáutica aponta falha humana no acidente com jatinho em SP

Avião caiu no início de novembro em uma área residencial próxima ao Campo de Marte.

Desequilíbrio na distribuição de combustível nas asas também foi uma das causas.




A Aeronáutica concluiu relatório preliminar sobre as causas do acidente com uma aeronave Learjet ocorrido no dia 4 de novembro de 2007. O relatório da Aeronáutica ainda é preliminar, mas já indica dois fatores que teriam contribuído para o acidente: um desequilíbrio na distribuição de combustível nas asas do avião e falha humana.

O avião Learjet decolou do Campo de Marte, em São Paulo, com destino ao Rio de Janeiro. Em vez de virar à esquerda, como era previsto, o avião foi para a direita e caiu de bico sobre duas casas. Seis pessoas da mesma família, o piloto e o co-piloto morreram.

O relatório afirma que o co-piloto fez a preparação do vôo sozinho, “sem o acompanhamento do comandante, que gerenciava questões administrativas”. Diz ainda existirem evidências de que os procedimentos operacionais para a decolagem não seguiram o chamado checklist, a relação de tarefas a serem executadas pela tripulação antes do vôo.

Após a identificação da emergência, o piloto assumiu o comando da aeronave, "pedindo ao co-piloto que balanceasse o combustível”. A investigação mostrou que o Learjet carregava uma tonelada e meia de combustível. Segundo uma fonte da Aeronáutica, há indícios de que não foi feito o balanceamento de combustível e que, por isso, uma das asas do avião estaria mais pesada.

Recomendações

O relatório da Aeronáutica faz três recomendações de segurança aos tripulantes de aeronaves Learjet: que o comandante supervisione todas as tarefas executadas pelo co-piloto; que a tripulação não exerça nenhuma atividade que distraia a atenção na hora da preparação do vôo e que siga rigorosamente o manual no que diz respeito ao abastecimento e transferência de combustível.

Família

A viúva do co-piloto Alberto Soares Júnior, Ana Lúcia, disse que está indignada com o conteúdo do relatório. Segundo ela, o documento não leva em consideração possíveis falhas no equipamento que mede o nível de combustível.

Fonte: G1

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