Não é o momento ideal para falar da privatização, avisa Fernando Pinto
A TAP não ficou imune à crise que se abateu sobre o sector da aviação, e Fernando Pinto aponta o dedo à "especulação" do preço do petróleo como a principal causa para a má performance da companhia, que até Maio acumulou 102 milhões de euros de prejuízos, contra os 18 milhões negativos em igual período de 2007. As previsões apontavam para perdas de 50 milhões nos primeiros cinco meses do ano e, pelas contas do presidente da companhia aérea, o preço do jet fuel (combustível para avião) duplicou nos últimos dez meses.
Para fazer face à crise e evitar a "todo o custo despedimentos", Fernando Pinto apresentou esta semana aos trabalhadores um plano de emergência com 84 medidas. Para já, avisou: a meta de lucros traçada para este ano pelo Governo - 64 milhões de euros , é "irreal" e o momento não é "o ideal para se falar em privatização". Se a TAP não avançar com o pacote de medidas, os prejuízos para este ano poderão ascender a 154 milhões de euros, avisa. Até Maio, a companhia registou um gasto adicional com combustível de cem milhões de euros, quando o orçamento para este ano apontava para um custo de 50 milhões.
Os trabalhadores ficaram a par do conjunto de medidas para minimizar o aumento do preço do combustível, mas em resposta avançaram com um plano de paralisações ao longo do mês de Julho, entregando mesmo um pré-aviso de greve de 24 horas para dia 19, que ameaça paralisar os aeroportos nacionais. Em causa estão várias reivindicações, com o aumento salarial a liderar a lista das exigências. A paz social , construída por Fernando Pinto desde finais de 2000 quando chegou à TAP, está por um fio. Dia 16, os trabalhadores voltam a concentrar-se em frente do edifício- -sede, e o presidente da empresa deverá ouvir de novo um forte buzinão.
Poupar 100 milhões
O plano de emergência traçado por Fernando Pinto tem por principal objectivo atingir uma redução de custos da ordem dos cem milhões de euros, um valor que o homem forte da TAP considera "muito difícil" de atingir. Entre as medidas apresentadas, a companhia pretende aproveitar o aumento da capacidade já existente, aproveitando a oferta disponibilizada pelos novos aviões A-330, que apresentam uma redução de consumo considerável face aos aparelhos mais antigos, como é o caso dos A-320, com os quais a companhia mantém contratos com a Airbus para a sua substituição. A redução de frequências durante o Inverno é outra medida, sobretudo nos destinos onde se verifique sazonalidade. Fernando Pinto garantiu que não vai haver fecho de rotas.
Este ano, o pessoal que for para a reforma não será substituído e, desta forma, a empresa evitará "proceder a despedimentos". As low cost estão na mira de Fernando Pinto, que disse que a "boa vida destas companhias em Portugal terminou", ou seja, a TAP quer fazer frente às low cost através do seu novo programa "embarque na liberdade de escolha" com cinco tarifas. O aumento dos bilhetes e da taxa de combustível é outra medida do pacote, que passa ainda pelo acordo com os sindicatos.
Fonte: Diário de Notícias (Portugal)
Para fazer face à crise e evitar a "todo o custo despedimentos", Fernando Pinto apresentou esta semana aos trabalhadores um plano de emergência com 84 medidas. Para já, avisou: a meta de lucros traçada para este ano pelo Governo - 64 milhões de euros , é "irreal" e o momento não é "o ideal para se falar em privatização". Se a TAP não avançar com o pacote de medidas, os prejuízos para este ano poderão ascender a 154 milhões de euros, avisa. Até Maio, a companhia registou um gasto adicional com combustível de cem milhões de euros, quando o orçamento para este ano apontava para um custo de 50 milhões.
Os trabalhadores ficaram a par do conjunto de medidas para minimizar o aumento do preço do combustível, mas em resposta avançaram com um plano de paralisações ao longo do mês de Julho, entregando mesmo um pré-aviso de greve de 24 horas para dia 19, que ameaça paralisar os aeroportos nacionais. Em causa estão várias reivindicações, com o aumento salarial a liderar a lista das exigências. A paz social , construída por Fernando Pinto desde finais de 2000 quando chegou à TAP, está por um fio. Dia 16, os trabalhadores voltam a concentrar-se em frente do edifício- -sede, e o presidente da empresa deverá ouvir de novo um forte buzinão.
Poupar 100 milhões
O plano de emergência traçado por Fernando Pinto tem por principal objectivo atingir uma redução de custos da ordem dos cem milhões de euros, um valor que o homem forte da TAP considera "muito difícil" de atingir. Entre as medidas apresentadas, a companhia pretende aproveitar o aumento da capacidade já existente, aproveitando a oferta disponibilizada pelos novos aviões A-330, que apresentam uma redução de consumo considerável face aos aparelhos mais antigos, como é o caso dos A-320, com os quais a companhia mantém contratos com a Airbus para a sua substituição. A redução de frequências durante o Inverno é outra medida, sobretudo nos destinos onde se verifique sazonalidade. Fernando Pinto garantiu que não vai haver fecho de rotas.
Este ano, o pessoal que for para a reforma não será substituído e, desta forma, a empresa evitará "proceder a despedimentos". As low cost estão na mira de Fernando Pinto, que disse que a "boa vida destas companhias em Portugal terminou", ou seja, a TAP quer fazer frente às low cost através do seu novo programa "embarque na liberdade de escolha" com cinco tarifas. O aumento dos bilhetes e da taxa de combustível é outra medida do pacote, que passa ainda pelo acordo com os sindicatos.
Fonte: Diário de Notícias (Portugal)
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