sábado, 21 de fevereiro de 2009

Guerrilha reivindica ataque aéreo "suicida" no Sri Lanka

A guerrilha dos Tigres de Libertação do Tâmil Eelam (LTTE) reivindicou hoje o ataque aéreo "suicida" que causou ontem à noite a morte de duas pessoas e feriu outras 50 na capital executiva do Sri Lanka, Colombo, anunciou hoje um site partidário dos rebeldes.

Os LTTE asseguraram que dois membros de seu esquadrão suicida, os Tigres Negros do Ar, pilotaram os dois aviões leves que fizeram o ataque.

Segundo o portal "Tamilnet", os alvos eram instalações da Força Aérea cingalesa no coração da capital e também a base militar de Katunayake, situada a cerca de 28 quilômetros de Colombo, junto ao aeroporto internacional.

Embora o site qualifique os ataques de "bem-sucedidos", o Exército assegura que os aviões fracassaram em seu objetivo graças à rápida ação da aviação e ao intenso fogo das baterias antiaéreas.

O "Tamilnet" publicou uma fotografia dos dois pilotos suicidas - o "coronel" Rupan e o "tenente-coronel" Siriththiran - junto ao líder supremo da guerrilha tâmil, Velupillai Prabhakaran, supostamente tirada pouco antes da missão.

Este é o sétimo ataque aéreo lançado pelos LTTE desde março de 2007, apesar de ser a primeira vez que os pequenos aviões não retornam a sua base no nordeste do país.

O bombardeio, um dos poucos com aviões que a guerrilha lançou no último ano sobre Colombo, aconteceu depois do anúncio do Exército do Sri Lanka de que teria cercado os rebeldes em Puthukkudiyirippu, seu último refúgio urbano, no norte da ilha.

Os LTTE controlam apenas 100 quilômetros quadrados no distrito de Mullaitivu, que tinha servido tradicionalmente como seu centro de operações e onde se encontram em meio ao cerca de 250 mil civis, segundo dados das organizações de ajuda.

A queda de Puthukkudiyirippu seria um forte golpe para os tâmeis, que perderam o controle de seus territórios no leste e norte do país devido a uma bem-sucedida ofensiva do Exército.

Aproximadamente 100 mil pessoas morreram desde que os LTTE iniciaram, há 25 anos, sua luta por um Estado independente no norte e leste cingalês, onde os tâmeis são maioria.

Fonte: EFE via G1

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