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Pilotos sobrevoaram o aeroporto por duas horas, para gastar o combustível; ocupantes não se feriram
Um avião da companhia romena Carpatair com 51 pessoas fez um pouso de emergência em segurança neste sábado. Todos os passageiros escaparam sem ferimentos. A frente do avião ficou fincada na pista do Aeroporto Internacional Timisoara.
O avião, um Saab 2000, voava de Chisnau (República da Moldávia) para Timisoara, mas, antes de pousar circulou sobre o aeroporto por quase duas horas para usar todo o combustível do tanque e assim evitar uma possível explosão na descida.
Os pilotos da Moldávia, Iurie Oleacov, 37, e Leonid Babischi, 47 são bastante experientes.
A aeronave carregava 47 passageiros e 4 tripulantes. O aeroporto ficou fechado durante duas horas e meia após o incidente desta manhã.
Segundo o vice-presidente da Carpatair, Dan Andrei, o trem de pouso dianteiro emperrou.
"Na aterrissagem, o avião desceu com os dois trens laterais, freou bruscamente e depois, a uma velocidade reduzida, inclinou-se para frente. (Durante as manobras,) O trem de pouso dianteiro permaneceu emperrado", disse Andrei à agência "Agerpres".
Cerca de 20 ambulâncias e equipes da Polícia e do Corpo de Bombeiros aguardavam a aterrissagem do avião para socorrer possíveis feridos e evitar a explosão da aeronave.
Foi muito próximo do espaço aéreo canadense, um dia antes da visita de Obama
A Força Aérea do Canadense interceptou, na última semana, dois bombardeiros russos bastante perto do espaço aéreo do Canadá, um dia antes da visita de Barack Obama ao país. A informação foi avançada pelo ministro canadense da Defesa, Peter MacKay.
"Os aviões russos nunca chegaram a entrar em espaço aéreo canadense, mas com 24 horas a antecederem a visita do presidente dos Estados Unidos, decidimos enviar dois aviões F-18 do NORAD, sob comando canadense", disse Peter MacKay, em conferência de imprensa.
De acordo com a edição online da CNN, os aviões russos estiveram a 190 quilômetros de Tuktoyuktuk, no noroeste do Canadá. "Foi um voo de rotina em espaço aéreo internacional", garantiu Yevgeniy Khorishko, um porta-voz da embaixada russa em Washington, citado pela CBS News.
O North American Aerospace Defense Command (NORAD) é uma agência canadense e norte-americana, encarregada do controle do espaço aéreo de todo o continente norte-americano. De acordo com o porta-voz do NORAD, Michael Kucharek, citado pela CNN, os aviões russos foram identificados como TU-95 Bear (foto abaixo).
As autoridades de Livingston, nos Estados Unidos, informaram hoje que pelo menos três pessoas morreram na queda de um pequeno avião numa área de mata da região leste da Louisiana.
O chefe do Escritório de Operações da localidade, Perry Rushing, disse que a aeronave, um Cessna 182, caiu pouco após a meia-noite numa floresta próxima à cidade de Independence, segundo o canal local "WDSU".
As causas do acidente ainda não foram determinadas, mas Rushing descartou a hipótese de mau tempo.
Informações preliminares indicam que o avião vinha da localidade Slidell, embora não se tenha certeza do local da decolagem.
Um dos passageiros sobreviventes do avião que caiu na quarta-feira em Amsterdã, matando nove pessoas, disse ter sobrevivido a um outro acidente aéreo que não deixou vítimas menos de uma semana antes, em Istambul. Rob De Knecht (foto acima), um cidadão holandês, disse que viajava no último dia 19 em um avião com destino ao Iraque que, ao aterrissar em Istambul para fazer escala, derrapou na pista e bateu de frente com um poste de iluminação, segundo explica a agência de notícias holandesa "ANP".
Apenas seis dias depois, o holandês estava a bordo da aeronave da Turkish Airlines procedente da capital turca que caiu pouco antes de aterrissar em um aeroporto de Amsterdã, por causas ainda desconhecidas, matando nove pessoas e deixando mais de 80 feridos.
Como consequência do acidente em Amsterdã, De Knecht teve quatro costelas quebradas.
O homem lembra que o comandante do aparelho avisou, como é habitual, à tripulação e aos passageiros sobre a aterrissagem e, segundos depois, a aeronave despencou.
Um holding turco, TAV Airports, e o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) assinaram sexta-feira em Túnis diversos acordos de financiamento da construção de um novo aeroporto na Tunísia, o Zine El Abidine Ben Ali Enfidha, soube-se de fonte segura na capital tunisina.
O projecto estimado em 560 milhões de euros será executado pelo TAV Airports na zona de Enfidha, a cerca de 80 quilómetros ao sudeste de Túnis, no centro de uma zona turística, e terá uma capacidade de acolhimento para sete milhões de passageiros por ano com previsão de aumento para 20 milhões de passageiros até 2020, de acordo com a fonte.
O empreendimento vai permitir criar dois mil 200 empregos durante a fase de construção e gerar mil 200 empregos directos e 10 mil empregos indirectos durante a fase de exploração, indicou a fonte.
A pista do Aeroporto Internacional Santa Genoveva de Goiânia, em Goiás, ficou interditada por quase uma hora na manhã deste sábado.
Às 7h um avião bimotor, com duas pessoas a bordo, que ia para Brasília, tentou decolar mas houve problemas com a aeronave.
As primeiras informações da Infraero dão conta que o problema seria no trem de pouso. Técnicos da Infraero vão fazer uma perícia no avião.
O aeroporto voltou a funcionar normalmente a partir de 8h. Três voos tiveram atraso de 30 a 50 minutos. Eles foram para Guarulhos, em São Paulo, Belo Horizonte e Recife. Um avião que vinha de Brasília não pode pousar.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) vai investigar o que aconteceu.
Navios estarão equipados com aviões de quinta geração
A Rússia construirá nos próximos anos pelo menos três porta-aviões de propulsão nuclear, anunciou sexta-feira um dirigente da Corporação Unida de Estaleiros, grupo que reúne os maiores estaleiros e oficinas de desenho de navios russos, noticia a egência EFE.
«Os cientistas e desenhadores já trabalham no modelo do futuro porta-aviões. Por agora decidiu-se que será de propulsão nuclear», assinalou o vice-almirante Anatoli Shlemov.
Explicou que se prevê construir no mínimo três porta-aviões, um deles para a Frota do Norte e outro para a do Pacífico, e admitiu que mais tarde esse número pode subir para seis, em função das necessidade da defesa e das possibilidades económicas do país.
O vice-almirante recordou que o presidente russo, Dmitri Medvedev, ordenou em Outubro a criação de um programa nacional de construção de porta-aviões para iniciar o seu fabrico «nos próximos anos» e manifestou a esperança de que isso ocorra até 2015.
Segundo Shlemov, o Ministério da Defesa ainda não decidiu em qual dos dois estaleiros rivais serão construídos os navios: ou o do Báltico ou no árctico Sevmash, com sede no porto russo de Severodvinsk, nas margens do Mar Branco.
Shlemov assinalou que os futuros porta-aviões estarão dotados de aviões de coberta de quinta geração, de descolagem horizontal clássica, que substituirão o modelo actual Su-33, e de aparelhos espiões não tripulados que estão a ser desenhados pela indústria militar russa.
Acrescentou que os novos porta-aviões, ao contrário dos anteriores, já não transportarão mísseis de cruzeiro.
Oficialmente liberado pela Anac, Aeroporto Municipal de São Pedro retoma as atividades
Uma grande festa aviatória vai tomar conta do Aeroporto Municipal de São Pedro nesta manhã. Localizado na Rodovia SP-304, na proximidade que liga São Pedro à Águas de São Pedro, o local ficou cerca de seis anos interditado. Com apoio da Prefeitura e do comandante Luiz Bandini - atual responsável pelo Aeroporto - o local só pode ser reativado depois de regulamentar algumas normas determinadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).
Para garantir a diversão na reabertura, o evento contará com a participação do grupo de Apoio à Força Aérea Brasileira (Gafab).
"Vamos dar uma pequena demonstração do tipo de eventos que podem acontecer neste espaço, como balonismo, paraquedismo e vários shows aéreos", disse o integrante do Gafab, Phelippe Longo, ao explicar que se trata de uma entidade sem fins lucrativos que promove eventos aéreos com o objetivo de divulgar a aviação civil e a Força Aérea Brasileira.
Inaugurado na década de 40 pelo fundador da cidade de Águas de São Pedro, Octávio Moura Andrade, o aeroporto de São Pedro foi construído para facilitar o acesso de quem visitava o Grande Hotel São Pedro. Com algumas modificações nos anos 60, o lugar foi usado para grandes eventos. "Houve uma revoada com a participação de 400 aviões de todos os lugares do mundo", informou Bandini.
No final do ano passado, um grupo de empresários eslovenos esteve no aeroporto para conhecer sua infraestrutura. De acordo com a secretaria de comunicação, o objetivo dos visitantes é o de construir um hangar para a montagem de aviões ultraleves - que viriam da Eslovênia.
"Graças ao trabalho conjunto com o Aeroclube de São Pedro, conseguimos a homologação do aeroporto e a liberação para pousos e decolagens", enfatizou o prefeito de São Pedro, Eduardo Modesto, ao lembrar que, além da Anac, o processo de reativação também contou com um técnico do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp).
MUDANÇAS
Com 1.100 metros de comprimento, 30 de largura e 50 de "stop way" em cada cabeceira, a pista foi sinalizada com balizamentos, "táxi way" e biruta. Aeronaves bimotor e monomotor, de pequeno e médio porte agora podem aterrissar e decolar no Aeroporto de São Pedro, que é identificado pela sigla "SD-AE" (Serra Delta - Alfa Eco). De sua posição sobre a Terra, a longitude é de 47°, 53 minutos e 44 segundos; a latitude é de 22°, 34 minutos e 59 segundos; e, a altitude em relação ao nível do mar é de 566,35 metros e 1.869ft (pés).
Agentes secretos do SIED estudam métodos de fuga e evasão
Duas dezenas de agentes do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) fizeram recentemente o curso de fuga e evasão da Força Aérea Portuguesa (FAP), soube o DN.
Esse curso da FAP, uma matéria reservada pela sua própria natureza, destina-se a treinar procedimentos de actuação e a aprender técnicas de sobrevivência (orientação, alimentação, disfarce, protecção, primeiros socorros) em teatros de operações como o Afeganistão ou o Kosovo (onde Portugal tem agora forças destacadas).
A FAP, que não respondeu ao DN até ao fecho da edição, realiza esse curso de sobrevivência na serra da Malcata, montando um cenário em que os 'recrutas', depois de largados num determinado ponto A, procuram atingir o ponto B num certo intervalo de tempo, tentando não ser capturados.
Funcionando a área do exercício como um espaço controlado, e à luz da escassa experiência obtida num curso da FAP para jornalistas em teatros de guerra, torna-se impossível escapar ao "inimigo". Este escolhe quando, onde e como capturar os formandos - momento a partir do qual se perde a noção de estar num treino face ao realismo da situação imposto pela forma como os militares - pertencentes ao Centro de Treino de Sobrevivência da FAP - que actuam como interrogadores desempenham o seu papel.
Nesta fase do curso aprendem-se técnicas de resistência aos interrogatórios, tendo como prioridade proteger informações ligadas à missão e a própria vida. No caso dos pilotos e membros das tripulações militares da FAP, o curso é obrigatório para se participar em determinado tipo de operações e rege-se por padrões NATO, uma vez que um aviador português abatido num determinado teatro de guerra pode ter de ser recuperado por elementos de outras nacionalidades.
A chamada extracção é feita com helicópteros e por membros da Unidade de Protecção da Força da FAP, com protecção de caças de defesa aérea e acompanhamento de aviões -radar e de guerra electrónica.
Recorde-se que a FAP tem helicópteros EH101 equipados especificamente para operar nas missões de busca e salvamento em combate.
A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) informou hoje que pretende entrar ainda hoje com recurso junto ao Tribunal Regional do Trabalho, uma vez que procedeu as referidas dispensas rigorosamente de acordo com todos os preceitos e normas legais existentes.
A companhia reitera seu profundo respeito aos funcionários que tiveram seus contratos de trabalho rescindidos, mas novamente enfatiza a necessidade de se ajustar à drástica redução de demanda por aeronaves em todo o mundo.
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, juntamente com outras entidades sindicais, entrou, ontem, dia 26 de fevereiro de 2009, com dissídio coletivo junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 15ª região. Esta ação visa que o tribunal interprete a legalidade das demissões efetuadas pela companhia sem prévia negociação sindical e inclui pedido de liminar pleiteando a suspensão cautelar das rescisões contratuais.
De acordo com o comunicado da empresa, o pedido de liminar foi deferido pelo Presidente do Tribunal, que determinou a suspensão das demissões em questão até o dia da audiência de conciliação, marcada para 5 de março de 2009. Esta decisão não acarreta a reintegração dos empregados.
Sonda que vai explorar vida em outros planetas foi anexada ao foguete que a levará ao espaço em março
A sonda Kepler, que será enviada ao espaço para pesquisar a possibilidade de vida em outros planetas, foi anexada ao foguete Delta II, informou nesta sexta-feira a Agência Espacial Americana (Nasa).
O trabalho complementa o cronograma de lançamento do observatório espacial. A partida da missão está marcada para ocorrer até o dia 6 de março, de Cabo Canaveral, na Flórida, costa atlântica americana.
Esta será a primeira missão com a possibilidade de encontrar vida em outros planetas, afirma a Nasa. A sonda também vai explorar planetas rochosos que orbitam em torno do sol com indícios de água líquida, o que poderia dar condições de abrigar vida.
"A sonda Kepler é um componente no esforço da Nasa nesta missão para encontrar e estudar outros planetas", disse Jon Morse, diretor da Divisão de Astrofísica da Nasa, em Washington.
"O recenseamento planetário com a sonda Kepler será muito importante para o planejamento de missões futuras que diretamente poderão detectar e caracterizar tais mundos em torno de estrelas próximas", concluiu Morse.
O avião da Turkish Airlines que sofreu um acidente em Amsterdã na quarta-feira caiu quase verticalmente no solo, deslocando-se pouco ao tocar o solo no terreno úmido em que caiu, segundo afirmaram investigadores holandeses à CNN nesta sexta-feira, 27. A queda brusca indica que a aeronave não teria velocidade suficiente quando caiu, embora as causas do acidente permaneçam incertas.
Segundo Fred Sanders, voz da agência holandesa de segurança em transportes, ainda é muito cedo para especular o que causou o incidente na Holanda, acrescentando que suspeitar de falha nos motores é muito prematuro. Na quinta-feira, 63 sobreviventes permaneciam hospitalizados, incluindo seis em estado grave. Nesta sexta-feira ainda não haviam sido divulgadas informações sobre os feridos. A porta-voz da autoridade aeroportuária holandesa apontou que uma falha no motor era uma das hipóteses para o acidente. As outras iam de problemas com o clima - com nuvens e garoa no momento -, perda de combustível, falha humana ou mesmo alguma colisão com um pássaro.
Especialistas forenses tentaram nesta sexta identificar as vítimas do acidente, enquanto investigadores voltaram ao local da queda para mapear a exata localização de cada parte da fuselagem e tentar descobrir o que aconteceu durante o voo. As caixas-pretas estão sendo analisadas em Paris e, segundo Sandra Groenendal, porta-voz da Autoridade de Segurança Holandesa, os primeiros resultados devem ser divulgados na quarta-feira. Cinco turcos - incluindo os pilotos - e quatro americanos foram mortos na queda do Boeing 737-800, que se partiu em três no choque contra o solo. Dois dos americanos mortos são funcionários da Boeing.
O chefe da Turkish Airlines, Temel Kotil, disse que o capitão, Hasan Tahsin Arisan, era um experiente ex-piloto da força aérea turca. A companhia também negou que a aeronave tenha tido problemas técnicas dias antes do acidente. O sindicato do setor aéreo turco Hava-Is exigiu a demissão da direção da Turkish Airlines e da Autoridade de Aviação Civil da Turquia por "esconder informação" sobre o avião da companhia turca. Poucas horas depois do acidente, os representantes das companhias aéreas turcas e de aviação civil foram às televisões turcas e garantiram que não havia mortos e que o acidente só tinha deixado feridos.
Até agora, dos 128 passageiros e sete membros da tripulação a bordo, nove pessoas morreram. Em entrevista coletiva , em Ancara, o presidente do Hava-Is, Atilay Aycin, afirmou que, quando a Turkish Airlines fez o anúncio já tinha informação sobre as vítimas e qualificou o comportamento da companhia de "alta traição à pátria" por esconder informação. "Se as verdades forem escondidas, o número de acidentes aumentará", avisou o sindicalista, e pediu uma investigação profunda das causas do acidente e a divulgação dos resultados o mais rápido possível.
A companhia aérea Gol vai pagar, nos próximos dias, R$ 46 milhões em indenizações a 45 famílias de vítimas do acidente com o voo 1907. O Boeing da companhia caiu depois de colidir com um jato Legacy, em 29 de setembro de 2006, matando os 154 ocupantes, em Mato Grosso. De acordo com o escritório de advocacia Leonardo Amarante, que representa essas famílias, sete famílias já receberam ao todo R$ 11 milhões em indenizações. Segundo os advogados, as demais famílias aguardam a homologação do acordo pela Justiça para receber os R$ 35 milhões restantes.
Em nota, a Gol afirma que já fez acordos com familiares de 106 passageiros. A companhia ainda afirma que "não divulga valores em atendimento à solicitação de confidencialidade e sigilo feita pelas próprias famílias".
De acordo com o escritório, todos os acordos fechados até o momento foram homologados na 25ª Vara Cível do Rio de Janeiro. Os demais devem ser homologados e pagos nos próximos dias. O valor da indenização para cada família varia de acordo com fatores como expectativa de vida da vítima, papel que ela tinha na família e o valor do seu salário.
Viúva diz que Justiça está longe
A presidente da Associação de Familiares e Amigos das Vítimas do Voo 1907, Angelita de Marchi, criticou nesta sexta-feira a divulgação de que 45 famílias de mortos no acidente com o avião da Gol, em setembro de 2007, já fecharam acordos com a companhia aérea. Segundo ela, que é viúva do empresário Plínio Siqueira, "falar em números é uma situação muito delicada" e não há informações oficiais sobre o montante geral.
De acordo com Angelita, o total divulgado foi calculado a partir do dado de que os valores devidos a cada família variam de R$ 150 mil a R$ 1 milhão, o que teria levado à conclusão de que há R$ 46 milhões, a partir da existência de 45 famílias contempladas. Ela reafirmou que os valores não são divididos igualmente, já que dependem do tipo de indenização e do perfil da vítima, como idade e renda.
A presidente da associação também rebate a informação sobre as 45 famílias. Segundo ela, apenas 20 famílias firmaram acordo com a Gol. As outras 25, Angelita incluída, ainda estariam negociando acordos.
Ela critica ainda a companhia aérea pela divulgação de que já teriam sido fechados acordos com 106 famílias. Angelita argumenta que, além dos 45 acordos recém-fechados ou em negociação, apenas outros 20 foram firmados, logo após o acidente, o que leva a um total de 65 famílias.
- Não tem confirmação de nada disso. A Gol pode estar fechando com 106 membros de família, mas só se for feita uma média fácil de quantos membros podem existir em cada - afirmou.
A viúva também negou que a indenização para algumas famílias aumente entre os parentes das vítimas a sensação de que a Justiça esteja sendo feita, mais de dois anos após o acidente:
- Hoje nós temos uma quantidade pequena de famílias sendo indenizadas. Tem muitas situações indefinidas ainda, mesmo tendo pago essas indenizações, que não é prêmio para ninguém, é direito. A Justiça brasileira é extremamente lenta e existem os interesses que acabam fazendo com que se prolongue esse processo, que é vantajoso para as pessoas que estão em poder do dinheiro - afirmou Angelita, que defendeu ainda a necessidade de punições:
- A Justiça é uma palavra que está muito longe de acontecer, por isso continuamos firmes na ação criminal contra os pilotos, contra controladores, contra a entidade que deveria acompanhar o caso.
Outra parente de vítima, Rosane Gujthar, viúva de Rolf Gujthar, afirmou não querer acordo com a Gol e que seu foco é trabalhar pela punição dos pilotos americanos Jan Paul Paladino e Joe Lepore, que controlavam o jato Legacy que se chocou com o Boeing brasileiro:
- Não condeno quem está fazendo acordo, mas não faço acordo, o que eu quero e estou lutando desde o início é por levar o processo criminal até o final. Quero que os pilotos sejam punidos na forma da lei - afirmou Rosane, que tem um processo de indenização em tramitação nos Estados Unidos.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Campinas, desembargador Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, concedeu hoje liminar que suspende até a próxima quinta-feira (5) as 4,2 mil demissões na Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer). Os funcionários foram demitidos no dia 19 de fevereiro.
Na ação, as entidades sindicais argumentam que a Embraer ignorou os sindicatos e não estabeleceu nenhum tipo de negociação antes de oficializar a demissão em massa. Outro argumento usado é que a Embraer é uma empresa com alto índice de lucratividade, que não precisaria das demissões para enfrentar eventuais crises financeiras.
O Ministério Público do Trabalho agendou para a próxima segunda-feira (2) uma audiência de conciliação entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e a Embraer. A audiência, marcada para as 10h, é uma resposta à representação impetrada pelo sindicato para pedir que as demissões da Embraer sejam anuladas.
Segundo comunicado da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), a companhia BRA sinalizou interesse de retornar as operações no aeroporto João Suassuna, em Campina Grande. A solicitação foi feita para loja de reserva, venda de passagens, check’in e informações para o aeroporto paraibano.
O superintendente do aeroporto, Nilson José da Silva, respondeu positivamente ao comunicado. Segundo o executivo, a expectativa é de que a empresa inicie operações em Campina Grande no primeiro semestre deste ano, quando da chegada da segunda aeronave.
Quatros russos, um alemão e um francês viverão 105 dias em condições equivalentes às de uma mudança para Marte numa experiência para testar a possibilidade de humanos viajarem ao planeta vermelho. Os últimos dois participantes da simulação foram conhecidos na quinta-feira. O engenheiro do Exército alemão Oliver Knickel, de 28 anos, e o piloto francês Cyrille Fournier, de 40, foram escolhidos pela Agência Espacial Europeia entre 5.600 candidatos que se apresentaram para participar do exercício.
A experiência batizada de Mars500 começará no dia 31 de março nas instalações especiais do Instituto Russo para Problemas Biomédicos. Durante estes 105 dias, os seis permanecerão isolados, pondo a prova todos os elementos de uma missão a Marte, o que incluiria o trajeto até o planeta, o voo em órbita, a aterrissagem e o retorno à Terra.
Os seis participantes da simulação só terão contato direto entre eles e um contato sonoro com um centro de controle simulado, com a família e os amigos, tudo com um atraso de 20 minutos na audição. A alimentação será a mesma usada pelos astronautas da Estação Espacial Internacional. Serão avaliadas as capacidades física e emocional dos seis tripulantes.
Esta missão experimental precederá outra programada para o final do ano. A segunda experiência vai durar 520 dias para se equiparar ao período real de uma missão de ida e volta a Marte. Terra e Marte estão a uma distância variável de pelo menos 55 milhões de quilômetros. A Agência Espacial Européia e a Nasa (agência espacial americana) preveem que devem levar cerca de 30 anos para mandar uma missão tripulada a Marte.
O secretário estadual de Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, assinará na próxima segunda-feira um contrato para implantação do primeiro laboratório brasileiro voltado à pesquisa de estruturas leves para aviação no Parque Tecnológico de São José dos Campos (foto acima). A iniciativa ajudará o país a dominar tecnologias essenciais para desenvolver novos materiais capazes de reduzir o peso das aeronaves.
De acordo com o comunicado da Secretaria de Desenvolvimento do Estado de São Paulo, o convênio prevê investimentos de R$ 90,5 milhões para construir, equipar e operar o laboratório. Os recursos serão obtidos pelo governo do Estado e pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A parceria será assinada pela Secretaria de Desenvolvimento, Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Embraer e BNDES. A Secretaria de Desenvolvimento também destinou no final de dezembro do ano passado um aporte de R$ 2,5 milhões do orçamento do governo do Estado para adequar o novo laboratório ao local cedido pela prefeitura.
Segundo Alckmin, o laboratório terá condições de competir internacionalmente. " Investir em pesquisa é acreditar no potencial humano. Os equipamentos contarão com tecnologia de ponta para obter competitividade em nível internacional. A iniciativa será importante para ajudar a contornar a crise econômica e retomar o crescimento da indústria aeroespacial de São José dos Campos", afirmou o secretário de Desenvolvimento.
Para João Fernando Gomes de Oliveira, diretor-presidente do IPT, o projeto estudará o aumento na resistência dos materiais estruturais das aeronaves, permitindo maior pressão e umidade dentro da cabine, mas sem aumentar o peso da estrutura. Oliveira ressaltou que o laboratório permitirá desenvolver um amplo espectro de aplicações de materiais na indústria.
"Apesar de ter foco no ramo da aeronáutica, o empreendimento também será capaz de desenvolver tecnologias em aplicações na indústria automobilística e de autopeças, petróleo e gás, naval, bélica, geração e transporte de energia elétrica, construção civil e bens de capital", disse Oliveira.
A Secretaria de Desenvolvimento explica que a base de pesquisas do laboratório será o desenvolvimento de materiais compósitos, obtidos a partir de fibra de carbono e resinas. De acordo com o diretor do IPT, esses materiais aliam alto desempenho estrutural à leveza e o gasto de energia nos equipamentos é menor se comparado a materiais tradicionais. "O desenvolvimento de estruturas leves colabora com a conservação de energia", relatou Oliveira.
A companhia aérea irlandesa de voos econômicos Ryanair estuda a possibilidade de cobrar 1 libra (1,12 euro) dos passageiros para usar os banheiros, anunciou nesta sexta-feira (27) o diretor-executivo da empresa, Michael O'Leary.
"Uma questão que contemplamos no passado, e agora de novo, é a possibilidade de instalar nas portas dos banheiros um serviço de moedas para que as pessoas tenham que colocar 1 libra", disse o diretor à rede britânica 'BBC".
O'Leary disse que a medida não criará inconvenientes para os passageiros que não levem moedas, já que, segundo ele, "ninguém na história da aviação entrou em um avião da Ryanair levando menos de 1 libra".
Na semana passada, a companhia aérea, líder na Europa do setor de baixo custo, anunciou a eliminação, em breve, de todos os postos de check in nos aeroportos para que os usuários façam esta operação através da internet.
"Nossa política consiste em encontrar maneiras de aumentar a receita para poder, assim, baratear o custo da viagem", acrescentou O'Leary.
O diretor de comunicações da Ryanair, Stephen McNamara, precisou que "Michael inventa muitas coisas enquanto vai falando e, embora tratemos este tema internamente, não há planos imediatos para aplicá-lo".
"Os passageiros nas estações de trens e ônibus estão acostumados a pagar para usar os sanitários, por que não nos aviões? Nem todo mundo usa o banheiro em nossos aviões, mas os que fazem isso poderiam contribuir para baratear as passagens de outros viajantes. Mas, quem sabe, O'Leary estava hoje de brincadeira", afirmou McNamara
O sindicato do setor aéreo turco Hava-Is exigiu hoje a demissão da direção da Turkish Airlines e da Autoridade de Aviação Civil da Turquia por "esconder informação" sobre o avião desta companhia turca que se acidentou em Amsterdã, na quarta-feira.
Poucas horas depois do acidente, os representantes das companhias aéreas turcas e de aviação civil foram às televisões turcas e garantiram que não havia mortos e que o acidente só tinha deixado feridos.
Até agora, dos 128 passageiros e sete membros da tripulação a bordo, nove pessoas morreram e 50 ficaram feridas, das quais seis estão em situação crítica.
Em entrevista coletiva hoje, em Ancara, o presidente do Hava-Is, Atilay Aycin, afirmou que, quando a Turkish Airlines fez o anúncio já tinha informação sobre as vítimas e qualificou o comportamento da companhia de "alta traição à pátria" por esconder informação.
"Se as verdades forem escondidas, o número de acidentes aumentará", avisou o sindicalista, e pediu uma investigação profunda das causas do acidente e a divulgação dos resultados o mais rápido possível.
Os pilotos do Boeing 737 que caiu na quarta-feira nas proximidades do aeroporto de Schiphol, em Amsterdã , não perceberam que estavam diante de um acidente iminente, segundo mostra a gravação das conversas na cabine da aeronave da Turkish Airlines exibidas pela TV holandesa NOS. A imprensa do país afirmou que o acidente pode ter sido causado por falta de combustível, o que teria provocado o desligamento dos motores. Nove pessoas morreram e outras 80 ficaram feridas - seis delas em estado bastante grave.
- Nas comunicações com a torre de controle durante a última curva, a uns 15 quilômetros da pista de aterrissagem não há nenhuma indicação ou comentário sobre qualquer problema - disse o piloto Ronald de Ree.
Os pilotos do Boeing também não indicaram problemas a cerca de 10 quilômetros do aeroporto, embora a troca de mensagens tenha sido mais curta.
Um sindicato turco havia alertado, poucos dias antes do acidente, que a Turkish Airlines estva "pedindo que ocorresse um desastre" por não realizar a devida manutenção das suas aeronaves.
As companhias aéreas continuam a sofrer turbulências por conta da crise. O balanço da aviação comercial internacional referente a janeiro de 2009 revelou um recuo de 5,6% no número de passageiros, em relação ao mesmo período de 2008. O primeiro mês do ano, apesar de ser considerado de alta temporada, também caiu 4,6%, na comparação com dezembro de 2008. "O setor está em crise global e ainda não vimos o fim do túnel", comentou Giovanni Bisignani, diretor-geral da Associação Internacional de Companhias Aéreas (Iata), responsável pelo levantamento divulgado ontem.
As informações dão conta ainda de que janeiro foi o quinto mês consecutivo de queda. Isso porque, antes mesmo da crise, as empresas vinham sofrendo com a oscilação do preço do petróleo, quadro que ocasionou uma série de quebras, fusões e aquisições no setor pelo mundo.
A América Latina continua a ser o mercado com menor impacto, ao apresentar baixa de 1,4%, enquanto a Ásia, no topo dos recuos, viu um declínio de 1,5%. Ambas as perdas foram verificadas no no índice de usuários em janeiro de 2009, em relação a dezembro.
Os dados revelados pela Iata também apontaram queda no volume da carga transportada pelos ares. Ao todo, as operações logísticas aéreas caíram 23% em janeiro, no mesmo período.
O presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região, em Campinas (a 95 quilômetros de São Paulo), Luís Carlos Cândido Martins Sotero da Silva, vai julgar até esta sexta-feira pedido de liminar para suspensão temporária das demissões de 4,2 mil funcionários dispensados pela Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) no último dia 19. A Embraer determinou o corte de cerca de 20% de seu efetivo, um total de 21.362 empregados.
No processo protocolado ontem por representantes sindicais no TRT regional, os representantes dos trabalhadores pedem a anulação das demissões e a reintegração dos funcionários. "Queremos o efeito suspensivo das demissões enquanto negociamos com a empresa a anulação delas e a readmissão dos trabalhadores, um trâmite que leva mais tempo", afirmou o coordenador nacional da Coordenação Nacional de Lutas (Conlutas), José Maria de Almeida.
O presidente do tribunal também marcou para a próxima quinta-feira (5) uma audiência de conciliação entre representantes dos trabalhadores e da empresa. "Recorremos ao tribunal para acatar esse pedido em caráter liminar e esperamos reverter a arbitrariedade que foi a demissão em massa", afirmou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Adilson dos Santos. "Sempre tentamos negociar, mas a empresa mandou várias comunicações dizendo que não haveria demissões."
A Embraer informou, por meio de assessoria, que não se pronunciaria sobre o assunto nesta quinta-feira. Ontem, o presidente da empresa, Frederico Curado, afirmou que não haverá revisão das demissões anunciadas na semana passada. De acordo com Curado, a empresa teve de reduzir o seu quadro de pessoal em razão da significativa queda nas encomendas de aviões no mercado externo até 2012, por cancelamentos ou adiamentos, que chegariam a 30%, segundo o presidente da Embraer.
Oito aeronaves Super Tucano chegaram nessa quarta-feira (25) para participar em exercícios militares na República Dominicana. Os aviões, fabricados pela Embraer, serão apresentados nesta sexta-feira, Dia da Independência Nacional do país.
O secretário das Forças Armadas, tenente-general Pedro Rafael Peña Antonio, confirmou a chegada da aeronave. Os aparelhos serão usados para o combate ao tráfico de drogas no país.
O Congresso Nacional dominicano aprovou um empréstimo de US$ 93 milhões para a compra de oito aeronaves Super Tucano. A chegada dos aparelhos estava programada para dezembro ou fevereiro.
As nove pessoas que morreram nesta quarta-feira na queda de um avião da companhia aérea Turkish Airlines em Amsterdã são cinco turcos e quatro americanos, anunciou Theo Weterings, prefeito de Haaremmermeer, onde fica o aeroporto de Schipol.
"Após um dia e meio, podemos anunciar a nacionalidade das nove vítimas: trata-se de cinco turcos e quatro americanos", declarou Weterings à imprensa.
O Boeing 737-800 da Turkish Airlines procedente de Istambul caiu quarta-feira às 10H31 local (06H31 de Brasília) em um campo a 3 km do aeroporto de Schipol-Amsterdam, com 135 pessoas a bordo e não 134, como fora informado ontem (quarta-feira).
A identidade de dois feridos permanecia desconhecida na noite desta quinta-feira.
Estavam a bordo do avião 53 holandeses, 21 turcos, sete americanos, três britânicos, um alemão, um búlgaro, um italiano e um taiuanês, disse Weterings.
Investigadores examinavam na quinta-feira os registros de vôo do avião da Turkish Airlines que caiu enquanto se aproximava do principal aeroporto de Amsterdã para a aterrissagem. Nove pessoas, incluindo três tripulantes, morreram no acidente com o Boeing 737-800, proveniente de Istambul, na manhã de quarta-feira.
Autoridades holandesas levaram as caixas-pretas para Paris, onde autoridades francesas prestam assistência técnica.
Será feita uma reconstituição do acidente a partir dos dados das caixas e informações colhidas no local do acidente, informou a porta-voz do Conselho de Segurança Holandês, Sandra Groenendal.
"Saberemos mais depois do fim de semana e provavelmente teremos pistas para determinar a direção da investigação e como proceder", afirmou ela.
Autoridades holandesas afirmaram que três das nove pessoas mortas no acidente eram turcas e faziam parte da tripulação, mas não puderam confirmar a identidade das outras vítimas.
O prefeito de Haarlemmermeer, Theo Weterings, disse que no total 121 pessoas foram atendidas em hospitais dos arredores de Amsterdã e 63 delas permaneciam internadas, seis em condição crítica.
"Quatro estão em uma condição tão grave que não fomos capazes de falar com elas", disse Weterings em uma entrevista coletiva.
A prioridade é identificar as vítimas e informar os parentes, afirmou ele. O avião levava, em sua maioria, cidadãos holandeses e turcos.
Os nomes das vítimas não serão divulgados até que todos sejam confirmados e os parentes, notificados. Um avião transportando 67 familiares de vítimas da Turquia aterrissou no Aeroporto Schiphol na quarta-feira.
O vôo TK 1951 caiu em meio a uma fraca neblina enquanto tentava pousar no Schiphol. Os passageiros relataram que o avião apresentou uma queda repentina durante a aterrissagem.
O presidente do Conselho de Segurança, Pieter van Vollenhoven, disse à mídia holandesa que o avião deixou um rastro curto no campo onde caiu, indicando que os motores podem ter parado de fornecer impulso para frente.
"Se então se perde velocidade, então literalmente se cai do céu", afirmou ele.
A investigação é liderada pelo Conselho de Segurança Holandês, que determinará a causa do acidente, e pelo Ministério Público, que investiga os culpados.
Três funcionários da Boeing, a fabricante do avião, e dois investigadores da fabricante os motores, a CFM International, também estão ajudando as autoridades holandesas. A Turkish Arilines fornecerá os arquivos sobre a manutenção do avião.
Fontes: Reuters/Brasil Online via O Globo (Reportagem adicional de Harro ten Wolde) - Fonte: Peter de Jong (Associated Press)
O serviço de transporte aéreo de pessoas, bagagens e encomendas, com crescente utilização nos últimos anos, tem sido alvo de atenção e discussões. Dentre elas, sobre a normatização aplicável a este tipo de serviço. Trata-se, sem dúvida, de uma relação de consumo e está subordinada, portanto e primordialmente, às regras do Código de Defesa do Consumidor. Este entendimento foi indicado em decisões judiciais do TRF-3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) e na Justiça Federal Seção de São Paulo 1.
A decisão judicial (liminar) obtida na ação movida por Idec e Procon, Adecon-PE (Associação de Defesa da Cidadania e do Consumidor) e MDC-MG (Movimento das Donas de Casa e Consumidores de Minas Gerais), com participação da seccional paulista da OAB (Comissão de Defesa do Consumidor), contra a União Federal, Anac e Companhias Aéreas, tomando como base o Código de Defesa do Consumidor, determinou que as empresas aéreas informem aos usuários, com duas horas de antecedência do horário previsto para o embarque, a situação do voo, se está atrasado ou se foi cancelado. E, neste caso, que preste toda a assistência material (transporte, hospedagem, telefonema, ...) ao passageiro.
Além disso, na tentativa corroborar a legislação vigente aplicável, a mesma decisão determinou que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) apresentasse um cronograma para a realização de consulta e audiência pública para regulamentação do transporte aéreo quanto à informação e à assistência material aos passageiros, já contemplados pelo Código de Defesa do Consumidor.
A consulta e audiência públicas devem acontecer no mês de março de 2009. O Idec e demais órgãos de defesa do consumidor apresentarão suas contribuições e é muito importante que os consumidores também participem. Afinal, as sugestões de quem utiliza o serviço de transporte aéreo e vive as situações de atraso e cancelamento de voos podem fazer a diferença. Para conhecer o teor da consulta pública e expor suas contribuições, o consumidor deve acessar o site da ANAC (www.anac.gov.br).
Também é importante que os consumidores informem caso sofram atrasos ou cancelamentos de voos e, nestes casos, se houve alguma assistência (hospedagem, alimentação, possibilidade de fazer um telefonema,...) por parte da companhia aérea contratada. Essas informações poderão indicar se há descumprimento da decisão judicial e, em caso afirmativo, serão levadas à conhecimento do Juiz, nos autos do processo. Com esse objetivo o Idec disponibilizou em seu site, até dia 10 de março de 2009, uma página especial para que os consumidores informem em eventual caso de atraso ou cancelamento de voo.
Diante de todo esse cenário e nesse processo de discussão do setor e de proposta de normatização (ainda que complementar) a ser realizada pelas consulta e audiência pública, é importante lembrar que o Código de Defesa do Consumidor já traz regras gerais quanto ao direito à informação, o direito à prevenção e à reparação de danos e de garantia à qualidade do serviço prestado e não poderá ser afastado.
Fonte: Maíra Feltrin - Espaço do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) em Última Instância - 26/02/09
Em pleno carnaval a equipe da Esquadrilha da Fumaça viajou dia 23 de fevereiro para a primeira apresentação do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA) em 2009, que acontecerá na República Dominicana na celebração do aniversário da Independência daquele país, no dia 27 de fevereiro.
Além das sete aeronaves T-27 Tucano do EDA, um C-130 Hércules do Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte – Esquadrão Condor - dará apoio no deslocamento da Fumaça. A aeronave transportará a equipe de apoio, suprimento de aviação, equipamento de apoio à manutenção, bagagem, material de divulgação, num total de cinco toneladas.
A equipe toda é composta por 13 pilotos, um oficial médico, um oficial especialista em manutenção de aeronaves, um oficial de comunicação social, 16 mecânicos, um fotógrafo, além dos sete integrantes da tripulação do C-130.
Até chegar a Santo Domingo, a viagem teve escalas na Serra do Cachimbo/PA e Boa Vista/RR, com previsão de 280:20 horas de voo em toda a missão.
Em 2008, foram realizadas 75 demonstrações desse esquadrão que arrebata corações e mentes por onde passa. Destas, onze foram no exterior em países como Chile, Guiana e Inglaterra.
Durante todo o Carnaval, os aeroportos se mantiveram pontuais, tendo a maioria dos voos programados partindo no horário previsto e poucos atrasos. Quem utilizou os aeroportos da rede Infraero nesta quarta-feira (25/02), durante a volta do Carnaval, encontrou poucos voos atrasados. Do total de 1.377 voos programados, de 0h às 16h, apenas 2,8% tiveram atrasos de mais de 30 minutos.
Os aeroportos de Recife, Brasília e o do Galeão (RJ) não apresentaram nenhum voo com atraso neste período. No aeroporto de Congonhas, com 159 vôos programados, o percentual de atrasos foi de 1,3%. Em Guarulhos, dos 149 vôos programados, 4% atrasaram. Em Salvador o índice de atrasos ficou em 1,3%, de 76 vôos previstos.
Diminuição
O número de atrasos nos principais aeroportos na terça (24/02) seguiu a tendência dos demais dias de Carnaval deste ano, os índices tiveram diminuição em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2008, de 1.700 vôos previstos na terça, 4,65% sofreram atrasos. Este ano, de 2.125 vôos programados, o percentual de atrasos ficou em 2,96%.
Empresa diz que aeronave foi avaliada em dezembro de 2008 e estava OK.
Queda de Boeing 737 matou 9 e deixou mais de 80 feridos na Holanda.
A empresa de aviação Turkish Airlines, dona do avião que caiu na quarta-feira na Holanda matando 9 pessoas , foi acusada uma semana antes de ignorar a manutenção de suas aeronaves.
O sindicato turco de aviação civil anunciou em seu site, em 18 de fevereiro, que a empresa estaria "ignorando as funções mais básicas de segurança de voo, que são os serviços de manutenção dos aviões".
"A administração da empresa não entende as consequencias de cortar empregados e convidar um desastre a acontecer."
O sindicato representa 12 mil empregados do setor de aviação no país.
A empresa diz que o avião envolvido no acidente passou por inspeção em 22 de dezembro de 2008 e que não tinha problemas.
Investigação
Quarenta investigadores examinavam nesta quinta os destroços do avião para averiguar as causas do acidente ocorrido quarta-feira próximo a Amsterdã.
"Os investigadores trabalharam toda a noite, sem pausa", afirmou à AFP Rob Stenacker, porta-voz da polícia de Schiphol. "Continuarão hoje e talvez pela próxima noite."
Avião sobrevoa nesta quinta-feira (26) o local do acidente com o Boeing da Turkish Airlines próximo ao aeroporto de Amsterdã, na Holanda
"Os primeiros resultados da investigação devem ser conhecidos em algumas semanas", declarou à AFP Fred Sanders, porta-voz da Unidade de Investigação para a Segurança. "Não teremos os resultados oficiais até daqui a um ano, provavelmente."
"O avião ficou seriamente danificado. Que tantas pessoas tenham conseguido sair a pé é muito surpreendente, alguns falam de milagre".
"O fato de não ter se incendiado ajudou muito. Isto se deve, talvez, a ter caído em um campo de lama, e não em uma estrada ou pista de pouso", explicou Sanders.
Pilotos não perceberam problema, diz TV
Os pilotos não perceberam o desastre por vir, segundo supostas gravações das conversas na cabine divulgadas pela televisão holandesa "NOS".
"Nas comunicações com a torre de controle durante a última curva, a cerca de 15 quilômetros da pista de aterrissagem, não há nenhuma indicação ou comentário sobre nenhum problema", disse o piloto profissional Ronald de Ree.
Os pilotos também não indicam nenhum problema nos dois contatos seguintes, a cerca de 10 quilômetros, mas estes parecem "um pouco curtos e efêmeros", segundo De Ree.
Alguns meios de comunicação holandeses sugerem que o avião ficou sem combustível, por isso os motores desligaram, e baseiam esta teoria no fato de que o avião tinha perdido muita velocidade e que não pegou fogo depois do impacto.
Destroços
Os destroços do Boeing da Turkish Airlines que caiu em um campo na manhã de quarta-feira com 134 pessoas a bordo permanecerão no local por vários dias.
A caixa-preta do avião, que decolara de Istambul e se partiu em três, foi encontrada ainda na quarta-feira.
Seis feridos permanecem e estado crítico e 25 graves. As famílias das vítimas chegaram nesta quarta-feira a Amsterdã, procedentes da Turquia.
O acidente aconteceu às 6h30 (de Brasília), quando o avião realizava a manobra de aterrissagem. Segundo testemunhas, o aparelho parecia planar no ar e, depois de perder velocidade, caiu e se partiu em três em um terreno ao lado da pista.
Tragédia evitada
O ministro turco dos Transportes, Binali Yildirim, disse que o fato de o avião da Turkish Airlines ter caído em uma superfície macia e pantanosa evitou uma tragédia maior.
O avião de passageiros da Turkish com 134 pessoas a bordo caiu em um campo próximo ao aeroporto internacional de Schiphol, a cerca de 20 km do centro de Amsterdã, matando 9 pessoas e ferindo 50, segundo as autoridades holandesas.
"O fato de que o avião pousou em uma superfície macia e de que não houve incêndio depois do impacto ajudou a manter baixo o número de vítimas fatais", disse o ministro. "Foi um milagre."
A informação sobre o fato de o solo macio ter amenizado o impacto foi confirmada por especialistas ouvidos pela Associated Press.
Equipes de resgate agem após queda de avião nesta quarta-feira (25) em Amsterdã
A companhia aérea Turkish Airlines (THY) indicou nesta quinta-feira que o avião que caiu na véspera perto de Amsterdã havia passado por um reparo no início da semana.
Segunda-feira, o avião, "que deveria realizar um voo com destino a Madri, foi retirado de serviço depois de um informe de um piloto sobre uma falha do painel principal de advertência, e a peça defeituosa foi substituída no mesmo dia, permitindo ao avião voltar à atividade", afirmou a THY.
"Depois desta mudança, o avião realizou oito decolagens e aterrissagens sem apresentar nenhum problema", acrescentou a companhia em um comunicado citado pela agência de notícias Anatólia.
O Boeing 737-800 também passou por uma mudança, em 28 de outubro, perto da janela Krueger esquerda. Estas janelas servem para facilitar a decolagem e a desaceleração na aterrissagem.
A aeronave passou também por uma revisão de rotina em 22 de outubro, destacou a THY.
"A THY realizou todos os trabalhos de manutenção do avião de acordo com as recomendações do fabricante e das autoridades nacionais e internacionais", acrescentou a companhia.
O avião, proveniente de Istambul, com 127 passageiros e sete membros da tripulação a bordo, caiu quarta-feira num campo perto do aeroporto de Amsterdã-Schiphol, seu destino final.
Nove pessoas morreram, das quais três pilotos, e 63 pessoas ainda estão internadas, delas seis em estado crítico.
O presidente da Embraer, Frederico Curado, disse hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que não irá recontratar os 4,2 mil funcionários demitidos na semana passada. Segundo ele, a produção da empresa caiu 30% por causa da crise financeira mundial e precisará de dois a três anos para voltar a contratar.
'Só poderíamos voltar atrás [nas demissões], se houvesse uma retomada das encomendas, o que não está previsto em curto prazo', disse Curado, lembrando que mais de 90% dos aviões da empresa vão para os países desenvolvidos, mais atingidos pela atual crise.
Curado garantiu que não ocorrerão novas demissões. Ele e outros dirigentes da fabricante de aviões foram ao Palácio do Planalto para dar explicações ao presidente Lula sobre as dispensas. Na semana passada, Lula demonstrou irritação ao saber das demissões, levando em conta que a Embraer recebe financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
'As encomendas e o nível de produção - que apresentou queda de 30% -, vai demorar dois, três anos para ser recuperado', completou, após encontro com Lula, no Palácio do Planalto. Curado explicou ainda que a queda de 30% significa cancelamentos de encomendas e adiamento de entregas previstas para 2011 e 2012. De acordo com ele, a empresa vem enfrentando dificuldades desde julho do ano passado.
Questionado porque a empresa não optou por férias coletivas, Curado respondeu que esse tipo de dispensa temporária só é válida quando há previsão de melhora em curto prazo o que, segundo ele, não é o cenário que a Embraer vislumbra. 'A empresa não foi intempestiva, inconsequente, irresponsável. Está há meses tentando se sustentar', afirmou.
O presidente da Embraer disse que, em 2001, a produção caiu devido aos ataques terroristas nos Estados Unidos, obrigando a dispensa de 15% do pessoal. Mas garantiu que 'tão logo as encomendas voltem a se confirmar, temos interesse em contratar as pessoas', disse.
Participaram da reunião os ministros da Fazenda, Guido Mantega; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge; da Casa Civil, Dilma Rousseff; e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
A Escola Superior de Aviação Civil- ESAC iniciou, no último dia 16 de fevereiro, as inscrições para mais um curso de Comissário de Voo, que deverá iniciar suas atividades na primeira semana de abril, com perfil de formação técnica. As inscrições se encerram no próximo dia 09 de março.
Os interessados deverão comparecer na Rua Luiza Bezerra Mota nº- 200, bairro Catolé, em Campina Grande - PB ou via internet, no portal www.cesed.br. No ato da matrícula, o aluno inscrito deverá apresentar cópias autenticadas da Identidade; CPF; Certificado de Conclusão do Ensino Médio (ou equivalente); Título de eleitor; Certificado de Reservista ou do Alistamento Militar (rapazes) e do comprovante de residência, além de duas fotos 3x4.
Após a inscrição, o aluno terá um prazo de 30 dias para encaminhar-se ao HARF - Hospital da Aeronáutica de Recife com carta de apresentação da ESAC, para a realização do Exame Médico de 2º Classe, obrigatório para Comissários de Voo.
O curso formará agentes de segurança para atuarem a bordo de aeronaves. O gerenciamento será exercido de forma plena, partindo da execução do serviço de bordo, oferecido pela empresa aérea, a administração e controle do comportamento pessoal e psicológico dos passageiros, até os casos de uma evacuação de emergência ou ação pós-acidente. O curso tem duração de quatro meses, com uma carga horária total de 228 horas/aula, de atividades teóricas e práticas. As aulas acontecerão de segunda a sexta-feira, com três horas diárias, sendo uma disciplina por dia.
A grade curricular do curso contempla as disciplinas de Navegação Aérea, Meteorologia, Segurança de Voo, Comissário de Voo, Sobrevivência no Mar, Sobrevivência na Selva, Sistema da Aviação Civil, Prevenção e Combate a Incêndio, Regulamentação da Aviação Civil, Fatores Humanos na Aviação Civil, Emergência a Bordo de Aeronaves, Conhecimentos Gerais de Aeronaves, Primeiros Socorros - Medicina Aeroespacial, Regulamentação da Profissão do Aeronauta, Aspectos Fisiológicos da Atividade do Comissário de Voo.