quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Astronautas da estação fazem caminhada espacial mais arriscada que normal

Objetivo é instalar um novo motor para direcionar um painel solar.

Problema de rádio dificulta a comunicação com a Terra.



Daniel Tani trabalha nos reparos da Estação Espacial Internacional

Os dois astronautas americanos a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS), a comandante Peggy Whitson e Daniel Tani, estão conduzindo uma caminhada espacial para reparos com riscos maiores que o normal, que foram agravados depois que seu rádio apresentou falhas na comunicação com a Terra.

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Whitson e Tani partiram às 7h56 (horário de Brasília) para instalar um novo motor que deverá direcionar um painel solar de volta ao Sol. O mecanismo apresentou defeito no início de dezembro, piorando um problema de captação de energia já apresentado então havia três meses, quando um equipamento de rotação de outro painel solar travou e teve que ser desligado.

Logo que os trabalhos começaram, os astronautas perderam contato com o Controle de Missão em Houston. Apenas 20 minutos depois, a comunicação foi retomada, em um canal auxiliar.

A missão é arriscada por que, para evitar tomar choques, a dupla precisa instalar o novo motor no lado escuro da Terra, parando a cada 45 minutos toda vez que a ISS dá uma volta no lado iluminado do planeta. A luz do Sol faz 160 volts de energia passarem pelo painel solar. Além disso, os astronautas têm que evitar apontar a luz de suas lanternas para a área, para evitar geração de energia. Outro cuidado é instalar o equipamento sem perder o painel, já que o motor também dá apoio estrutural ao conjunto.

Tudo isso só pode ser feito porque a Nasa deu sorte de ter um motor reserva a bordo. Sobre o mecanismo de rotação travado, ainda falta muito trabalho. Espera-se que sejam precisas outras quatro caminhadas espaciais ainda neste ano para retirar pedaços de metal presos na estrutura para fazê-la voltar ao trabalho.

O problema, embora não ameace a próxima missão, do ônibus espacial Atlantis, pode atrasar os vôos das naves a partir do meio do ano, se não for resolvido.

Fontes: AP / G1 - Foto: Nasa

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