sábado, 27 de dezembro de 2008

Número de mortos em bombardeio de Israel à Faixa de Gaza passa de 200

Em resposta, Hamas lançou foguetes contra Israel, matando 1 e ferindo 4.

Ministro israelense da Defesa disse que 'chegou a hora de lutar'.


Já chega a 225 o número de mortos no bombardeio de Israel sobre a Faixa de Gaza na manhã deste sábado (27), segundo informações dos serviços de emergência palestinos divulgadas à noite (horário de Brasília).



O número de feridos passa de 750, 120 deles em estado grave, segundo o médico Muawiya Hassanein, responsável pela emergência no território.

Em represália ao ataque israelense, o movimento islâmico Hamas, que controla a Faixa de Gaza, lançou foguetes contra Israel. Uma civil israelense morreu e quatro pessoas ficaram feridas por um foguete que atingiu em cheio uma casa na cidade de Netivot.

Bombardeio

A Força Aérea de Israel lançou um ataque aéreo com aviões e helicópteros contra alvos do movimento islâmico Hamas em toda a Faixa de Gaza às 11h30 locais (7h30 de Brasília) deste sábado.

Mais de 200 pessoas morreram vítimas do ataque na Cidade de Gaza e em outras cidades e campos de refugiados, principalmente no norte do território. Os hospitais confirmam mortes na Cidade de Gaza e também em Khan Younis e Rafah, no sul do território. Muitos civis e crianças estão entre as vítimas, e os hospitais estão lotados.

Palestinos carregam ferido após bombardeio de Israel à Faixa de Gaza neste sábado (27). - Foto: Reuters

Veja mais fotos do bombardeio de Israel à Faixa de Gaza

O ministério israelense da Defesa confirmou o ataque, informou que não houve baixas israelenses e disse que mais ações militares contra alvos do Hamas serão tomadas se for julgado necessário.

O ministro da Defesa, Ehud Barak, disse que a operação vai ser ampliada e expandida. "Não vai ser fácil e não vai ser curto", disse Barak. "Há tempo para a calma e tempo para a luta, e agora chegou a hora de lutar."

O porta-voz do Exército, Avi Benyahu, afirmou que a operação "recém-começou" e que não tem prazo para terminar.

Durante a noite, novos ataques foram registrados no sul da Faixa de Gaza, segundo o Hamas.

Mapa da Faixa de Gaza localiza cidades alvejadas nos ataques deste sábado (27). - Imagem: Arte G1

Hamas, Jihad Islâmica e outros grupos islâmicos prometeram "vingança". O Hamas pediu a seus integrantes que "vinguem pela força" a agressão de Israel, segundo comunicado difundido por rádio.

"Todos os combatentes estão autorizados a responder à matança israelense", disse um comunicado divulgado pela Jihad Islâmica.

Danos e vítimas

O porto de Gaza e várias instalações de segurança do Hamas foram danificados, segundo o Hamas e testemunhas. O chefe de polícia da região, Tawfiq Jabber, teria sido morto durante o ataque.

Um dos bombardeios teria atingido um quartel onde ocorria uma cerimônia de graduação para novos membros, provocando várias mortes.

Imagens de TV mostraram corpos espalhados nas ruas e feridos sendo carregados, além de danos pesados em edifícios. Uma nuvem de fumaça negra ergueu-se da cidade.

O governo do Egito abriu a passagem de Rafah, na fronteira com Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária e a saída de feridos pelo bombardeio, disseram à agência EFE fontes egípcias de segurança.

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'Crise humanitária'

O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, comprometeu-se a evitar uma "crise humanitária" na Faixa de Gaza, depois que a Força Aérea de Israel lançou um ataque em massa contra o Hamas nesse território, matando mais de 200 palestinos.

"Nós não combatemos o povo palestino", mas o Hamas, declarou Olmert, que se comprometeu a "evitar uma crise humanitária" que afetaria a população de 1,5 milhão de pessoas que vivem na Faixa de Gaza.

Fonte: G1 com Agências Internacionais

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