Em 2003, destroços caíram sobre uma extensa região do Texas.
Durante esses segundos, os astronautas avisaram que já não controlavam mais o ônibus espacial, cujos destroços caíram sobre uma extensa região do Texas, indica o documento, de 400 páginas.
“Assim que o módulo da tripulação explodiu, acabaram-se as chances de eles sobreviverem com os recursos disponíveis”, destacou a Nasa.
O desastre ocorreu quando o Columbia retornava de uma bem-sucedida missão científica de 16 dias e se preparava para aterrissar no Centro Espacial Kennedy, na Flórida.
A tragédia matou o comandante Rick Husband, o piloto Willie McCool, o comandante de carga Michael Anderson e os especialistas David Brown, Kalpana Chawla, Laurel Clark e Ilan Ramon, este último o primeiro astronauta israelense.
Segundo as investigações, o desastre foi causado por um pedaço de espuma isolante, que, ao fazer um buraco no lado esquerdo da nave, permitiu a entrada de ar quente no Columbia e, conseqüentemente, causou sua destruição.
Erro fatal
O furo na fuselagem do ônibus espacial ocorreu durante o lançamento, mas os danos nunca foram detectados durante a missão, diz o relatório oficial.
O documento da Nasa também revelou que outros equipamentos dos astronautas tinham problemas, alguns dos quais sequer estavam sendo usados na hora da tragédia.
Os capacetes, os trajes espaciais e até as correias para prender os astronautas terminaram causando “o trauma” que matou a tripulação, indica o documento da agência espacial americana, baseado na análise de vídeos, na perícia dos destroços do Columbia, em conclusões médicas e em simulações por computador.
Destroços do ônibus espacial Columbia em Cabo Canaveral (Foto: Reuters)
Segundo os especialistas, que demoraram quatro anos para concluir o relatório, todos os sete astronautas usavam seus trajes espaciais, um deles estava sem capacete, três não usavam luvas e nenhum havia descido o visor antes da queda de pressão dentro da cabine.
O relatório diz ainda que, depois que a tripulação perdeu a consciência por conta da despressurização da nave, as correias que deveriam prender os astronautas pelo ombro não funcionaram.
Como resultado, os tripulantes ficaram expostos ao movimento rotatório do Columbia, presos apenas pelas pernas. Além disso, os capacetes se soltaram da cabeça dos astronautas.
“Conseqüentemente, os tripulantes, inconscientes ou já mortos, sofreram um trauma letal, devido à falta de apoio (...) na parte superior do corpo”, declarou a Nasa.
Porém, segundo a agência, nada que tivessem feito nesse momento seria capaz de salvar-lhes a vida, segundo o relatório.
A queda de pressão na cabine “ocorreu tão rapidamente que os membros da tripulação ficaram incapacitados em poucos segundos e antes de conseguirem configurar o traje para se protegerem da despressurização da nave”, conclui o relatório.
Fonte: EFE via G1
Nenhum comentário:
Postar um comentário