sexta-feira, 27 de junho de 2008

A máquina do tempo para o Airbus A380

Ao novo super avião Airbus 380-800 são colocadas as mais altas e imagináveis exigências de segurança. Assim, só para a autorização do protótipo do Airbus, são prescritas 10.000 manobras de decolagem e aterrissagem, sem as quais o avião não pode entrar em fabricação seriada. Além disso, outros demorados testes de durabilidade e ensaios de carga são requeridos.

Se a gente quisesse realizar estes exames de materiais e de construção com vôos de fato, precisaria de uns 25 anos - o tempo que uma máquina como esta costuma permanecer em operação.

Por causa disso, o Airbus A380 é sujeito a uma câmara de torturas gigantesca, especialmente desen volvida e construída para esta finalidade, numa severa simulação mecânica que absorve os cerca de 50.000 vôos em pouco menos de dois anos e meio.
Assim, através deste acelerador de tempo, fraquezas já podem ser detectadas antes que o primeiro A380 entre em operação. Potenciais de otimização também podem ser percebidos prematuramente. Esta instalação entrou em operação no outono de 2005, junto com o maior teste de fadiga de células globais do mundo feito num avião civil.

Neste caso, 190 cilindros hidráulicos puxam e empurram na fuselagem e nas duas asas do candidato de teste - as asas, por exemplo, precisam permitir um envergamento de até 5,6 metros.

O coração deste galpão de teste, com altura de um prédio de vários andares, localiza-se no porão.

Uma unidade hidráulica de 45 x 8 x 4 metros da Hydac é responsável pelo acionamento. Tão gigante as dimensões do avião, maior também a estação de força.

Só o volume de enchimento de óleo hidráulico nos tanques é de cerca 100.000 litros e as bombas bombeiam mais de 6.000 litros por minuto a uma pressão operacional de 380 bar (+/- 1 bar).

Com toda esta grandeza de volume, as exigências à sensibilidade de comando são muito altas.

Traduzido do jornal alemão HYDACTUELL - Edição 01/2007

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