terça-feira, 28 de abril de 2009

Descoberto objeto mais distante no Universo

Astrônomos do Observatório de Cerro Paranal, no norte do Chile, detectaram o brilho do que seria o objeto mais distante conhecido até agora no Universo - uma explosão ocorrida há mais de 13 bilhões de anos, apenas 600 milhões de anos depois do Big Bang, informou o Observatório Europeu Austral (ESO), que administra o complexo.

Foto: PA

"O Very Large Telescope do ESO demonstrou que uma suave detonação de raios gama detectada na quinta-feira passada corresponde à explosão do objeto mais distante conhecido no Universo", diz uma nota à imprensa divulgada pelo observatório, situado na região de Antofagasta, a 1.200 km ao norte de Santiago.

"A explosão aparentemente ocorreu há mais de 13 bilhões de anos, ou 600 milhões de anos depois do Big Bang", que teria dado origem ao Universo, acrescentou o comunicado.

As explosões de raios gama -invisíveis ao olho humano- são curtos lampejos energéticos que podem durar menos de um segundo e até vários minutos, quando liberam grande quantidade de energia, convertendo-se nos eventos mais poderosos do Universo.

Pensa-se que estariam associados à explosão de estrelas engolidas pelos buracos negros.

"Mirar o Universo mais distante significa retroceder no tempo. A explosão ocorreu quando tinha cerca de 600 milhões de anos, menos de 5% de sua idade atual. As primeiras estrelas teriam se formado quando a idade do Universo era de entre 200 e 400 milhões de anos", explicaram técnicos do ESO.

"Podemos estar certos de que explosões ainda mais remotas serão encontradas no futuro, o que abrirá uma janela no estudo das primeiras estrelas e o fim da Idade Obscura do Universo", assinalou Nial Tanvir, da equipe de astrônomos do VLT, citado no texto.

A explosão de raios gama que revelou o objeto mais distante foi detectada por um satélite da Nasa. A detonação, de 10 segundos, foi localizada na constelação de Leão.

O Very Large Telescope de Cerro Paranal é considerado um dos instrumentos ópticos mais potentes do Planeta.

Telescópios do Observatório Europeu Austral - Foto: AFP

Fonte: AFP

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