sábado, 4 de abril de 2009

Gol e Air France terão programa de milhas integrado

Os presidentes da Gol Linhas Aéreas Inteligentes, Constantino Oliveira Júnior, e da Air France-KLM, Jean-Cyril Spinetta, assinaram hoje na capital paulista acordo de cooperação comercial. Segundo os executivos, o acordo permitirá que os mais de 6 milhões de usuários do programa Smiles, da Gol, e 15 milhões membros do Flying Blue, da Air France, participem de um programa integrado de milhagens com acesso aos voos tanto da Gol quanto da Air France-KLM.

A integração deverá valer a partir de 1º de maio. Juntas as companhias oferecem 3,3 mil voos diários, para cerca de 300 destinos em 114 países, com malhas complementares e não sobrepostas. A Gol acredita que a parceria poderá trazer um incremento de até 140 mil passageiros para a companhia.

O presidente das duas empresas destacaram que o acordo não teve custos e não prevê negociações comerciais entre as duas companhias referente à comercialização das passagens. "Não temos projeções comerciais. O interesse é tornar nosso produto mais atrativo, já que as milhas utilizadas com a Gol poderão ser convertidas para voos na Europa e todos os destinos da Air France. Mas do que nunca, esse acordo é a cara da Gol, pois torna voos internacionais mais acessíveis, além disso, nos tornamos mais interessantes aos clientes da Air France-KLM", disse Constantino, afirmando que a estratégia da companhia de oferecer passagens a preços "agressivos", vai continuar.

O acordo prevê também a implementação de um code-share. A partir do segundo semestre deste ano a Air France vai adicionar seu código a voos oferecidos pela Gol com origem em São Paulo e Rio de Janeiro. Desta forma, a companhia francesa vai incorporar 13 novos destinos no Brasil (Belém, Brasília, Belo Horizonte, Campinas, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Foz do Iguaçu, Manaus, Porto Alegre, Recife, Salvador e Vitória).

Constantino destacou que não há intenção de retomar as operações da Varig para París. "Nosso objetivo com a parceria é justamente oferecer voos para onde não operamos, e não temos pretenção de operar", disse.

Constantino também comentou sobre a situação financeira da companhia. Segundo ele, não há risco de demissões. "Muito pelo contrário, pretendemos aumentar nosso número de aeronaves de 104 para 108. Isso deverá demandar, até o final do ano, a contratação de 500 funcionários", afirmou.

Fonte: Carina Urbanin (InvestNews)

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