sábado, 25 de abril de 2009

NASA pode adiar regresso do homem à Lua por falta de dinheiro

Decisões definitivas só em Maio

Os novos foguetes Ares, com os quais a NASA planeja ir à Lua

O regresso do homem à lua pode estar mais longe do que se previa. A agência espacial norte-americana, NASA, não tem orçamento suficiente para cumprir o programa Constelação, que deveria enviar astronautas para a lua em 2020. Mas só em Maio, quando for divulgado o orçamento oficial, é que se saberá se os planos ambiciosos lançados por George W. Bush em 2004 podem mesmo ter seguimento.

Embora a NASA tenha planeado os custos do programa Constelação até 2025, os números podem não ser realistas. O projecto foi estruturado prevendo uma derrapagem orçamental de apenas 25 por cento, segundo um relatório do Gabinete de Orçamentos do governo norte-americano, mas um estudo do mesmo gabinete, que data de 2004, concluiu que os projectos levados a cabo pela NASA ultrapassam, em média, mais 50 por cento do que o previsto.

Mike Griffith, ex-administrador da NASA, culpou a Casa Branca, especialmente a Administração Bush, pela falta de dinheiro. Griffith explicou que a quantia disponível para este projecto tinha caído de 4000 milhões de dólares até 2015 para 500 milhões de dólares.

“Com apenas 500 milhões de dólares, este trabalho não pode ser feito”, afirmou o administrador ao Clube Espacial Nacional, citado pelo jornal britânico “Guardian”.

Por isso, adianta o jornal britânico, o regresso à Lua pode ter de ser adiado, e corre até o risco de ficar sem efeito.

A NASA já apresentou um relatório com cenários alternativos para tentar lutar contr a falta de dinheiro. Retirar investimento aos projectos que envolvem satélites e telescópios, abrandar o ritmo de construção do Ares V, o foguetão de grande potência que levará os astronautas à lua nesta missão, ou uma injecção de 75 mil milhões de dólares são algumas hipóteses para viabilizar o esperado regresso do homem à lua.

Fonte: Público (Portugal) - Imagem: NASA

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