sexta-feira, 3 de abril de 2009

Trem-bala SP-Rio terá oito paradas obrigatórias

CONCORRENTE PARA A PONTE AÉREA

O trem-bala que ligará o Rio de Janeiro a São Paulo deverá ter ao menos oito estações obrigatórias, aponta estudo técnico do projeto entregue ontem pela inglesa Halcrow Group ao governo federal. O documento diz que o Trem de Alta Velocidade (TAV) poderá transportar de oito milhões a dez milhões de passageiros por ano. Serão, no mínimo, 22 mil pessoas viajando todo dia.

Na Grande São Paulo, o projeto prevê paradas na estação Luz, no centro da capital, e no aeroporto internacional de Cumbica, em Guarulhos. Campinas, cidade paulista do interior, deverá ter duas estações, uma no aeroporto de Viracopos e outra num ponto da cidade ainda a ser definido. Da capital, partirá ainda uma linha para São José dos Campos, também no interior do Estado.

Já no Rio de Janeiro, estão previstas três estações: uma no aeroporto internacional do Galeão, outra no centro da capital (Leopoldina ou Central do Brasil) e uma terceira na região sul Fluminense, a ser escolhida entre as cidades de Resende, Volta Redonda e Barra Mansa.

O governo decidiu sugerir no edital de concessão do trem expresso a construção de estações opcionais, que poderão ser ativadas em períodos específicos. Uma delas é a de Aparecida, no interior paulista, que funcionaria em datas como o feriado de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro). A ideia é defendida pela Igreja Católica, mas a decisão de construir a estação será do empreendedor.

Nas próximas semanas, o estudo de viabilidade técnico-econômica será aberto para consulta. O governo quer fazer uma audiência pública sobre o projeto até meados de maio. Depois, o plano será encaminhado para o Tribunal de Contas da União, que poderá exigir que sejam feitos reparos. A previsão é de que o edital de licitação seja lançado em julho.

O compromisso é de que o trem-bala esteja em operação antes da Copa do Mundo de 2014, por isso o Ministério dos Transportes corre contra o tempo. Mas a complexidade do projeto e os atrasos no cronograma são empecilhos - a primeira previsão de entrega do estudo técnico, por exemplo, era no final do ano passado.

Fonte: Mercado & Eventos

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